quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Solidariedade



Banco de Tempo: Solidariedade entre crianças na Póvoa de Varzim

2008-04-05

- A experiência de acompanhar um colega à enfermaria, ajudá-lo nos trabalhos de casa ou substituí-lo numa fila é comum no Mini Banco de Tempo, que funciona na Póvoa de Varzim com 65 crianças entre os 9 e os 12 anos.

O projecto arrancou no ano lectivo de 2002/03, na Escola do Cego do Maio, onde continua a funcionar com turmas do quinto e do sexto anos motivadas por Manuela Campos, professora de Ciências e Matemática.

Numa agência onde a unidade de tempo é o minuto e não a hora, tudo conta, "desde ficar no lugar do colega na fila da papelaria ou levar-lhe os apontamentos a casa se estiver doente e não puder ir às aulas até ajudá-lo a arrumar a mochila ou a estudar para os testes", contou a professora Manuela Campos à agência Lusa.

"Alguns também se disponibilizam para procurar objectos perdidos ou guardar malas nos cacifos e há uma aluna com deficiência motora que pede regularmente ajuda para manobrar a cadeira de rodas", acrescentou a docente, que neste momento acompanha as actividades de "duas turmas de quinto ano e uma de sexto" no Mini Banco de Tempo.

Na perspectiva de Manuela Campos, "a troca de serviços permite que as crianças se sintam ajudadas, facilita a relação interpessoal no caso das mais tímidas e diz-lhes que todos necessitamos uns dos outros e que temos sempre algo para dar e para receber".

"Além disso, ensina-lhes conceitos novos, como o de 'crédito' e 'débito', mostra-lhes como se preenche um cheque e se requisita um serviço e incute-lhes uma noção de responsabilidade perante os compromissos assumidos", sublinhou a docente da Escola do Cego do Maio.

Com as contas bem presentes, Filipa Sousa, de 11 anos, recordou à agência Lusa os "movimentos de conta" do ano lectivo passado: "Fiz cerca de 40 horas em serviços e recebi entre 25 a 30 horas de ajuda de colegas" - revelou.

Entre os serviços prestados e recebidos contam-se "acompanhar colegas à enfermaria e ficar lá até eles estarem melhores, ajudar a levar a pasta, dar explicações antes dos testes e auxiliar com os trabalhos de casa".

"Quando peço ajuda passo um cheque só que, em vez de ser em dinheiro, é em tempo", esclarece Filipa Sousa, para quem as trocas - que têm lugar entre elementos da mesma turma ou de turmas diferentes - funcionam como uma oportunidade "para ficar a conhecer outros colegas e fazer novos amigos".

"Todos precisamos de algum tipo de ajuda e a solidariedade devia fazer sempre parte da nossa vida", concluiu Filipa Sousa, no que foi secundada por Rita Fonseca, da mesma idade e sua colega no Mini Banco de Tempo.

Para Rita Fonseca, "na sociedade, quase tudo se vende e se compra com dinheiro e aqui é diferente".

Talvez por isso se imagina a "ensinar dança gratuitamente", já que ser professora nesta área é o seu sonho.

Por agora, um dos serviços que mais gosta de prestar "é fazer companhia até casa quando alguém mora longe" mas também já tem ido à enfermaria com um colega que se aleijou, ajudado a colocar as pastas pesadas nos cacifos e dado explicações antes dos testes.

"Para mim, a experiência tem sido muito interessante e permitiu-me ter mais amigos", declarou à Lusa, sublinhando a importância da vertente solidária quando "nem todos têm as mesmas posses".

"A partir de quarta-feira e durante uma semana vamos fazer bolos, fantoches e outros brinquedos, além de presentes para o Dia da Mãe com materiais reciclados, para vender e juntar dinheiro de modo a podermos ir todos visitar o Graal a Lisboa", revela, sem esconder o entusiasmo por estar prestes a conhecer a sede do movimento internacional que há seis anos trouxe a ideia do Banco de Tempo para Portugal.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

"Este mundo não é para crianças"



Entrevista


No âmbito do tema do nosso trabalho em área de projecto, “Este mundo não é para crianças”, fizemos uma entrevista a uma psicóloga dos cuidados de saúde secundários, que integra o Núcleo de Assistência a Crianças e Jovens em Risco (NACJR), juntamente com uma médica, uma enfermeira e uma assistente social.


Quais os procedimentos dos hospitais quando detetam a possibilidade de maus tratos sobre crianças?


Quando uma criança entra no hospital e o agente de saúde, seja médico, enfermeiro ou assistente de saúde deteta algum tipo de desvio no comportamento, na estrutura física ou outro sintoma desviante da criança, este agente é obrigado a comunicar ao NACJR, que se encarregará de fazer o estudo do caso. Este tratamento começa pela pediatra que analisa o fisico da criança, segue-se a análise psicológica, tratada pela nossa entrevistada, e por fim a assistente social avalia o núcleo familiar. Caso a suspeita de maus tratos se venha a confirmar, a caso é imediatamente comunicado á Comissão de Protecção de Crianças e Jovens.


Que acções tem o governo perante situações de maus tratos contra crianças?


O governo financia consultas no centro de saúde, tem linhas de apoio à vitima e associações como a NACJR, de caracter regional.


Qual o papel dos psicólogos na vida das crianças em instituições de solidariedade social?


Os psicólogos trabalham os afectos, uma das maiores carências das crianças violentadas, promovem comportamentos ajustados, trabalham a solidariedade, a auto-estima, porque em grande parte dos casos, a violência não é fisica, mas sim psicológica, em que os pais desvalorizam as crianças, os psicólogos tentam demonstrar ás vitimas o seu valor, fazem interacções com os pais, a nível das competências parentais, e caso lhes detetem psicopatologias (como alcoolismo, esquisofrenia, etc.) encaminham-nos para consultas especializadas.


Quais são os tipos de violência mais usuais?


Há a violência fisica, que é visivel a olha nu e qualquer um pode detetar e denunciar, e a violência psicológica, mais dificil de detetar, a qual normalmente os médicos não detetam, tendo os psicólogos que ver a realidade interior. A negligência, a falta de atenção dos pais, a falta de higiene, de comida, a assistência directa dos pais a discutir, a berrar, por vezes a serem violentos um com o outro são factores traumáticos para uma criança, que se sente regeitada, e se sente mal com ela própria.


Como se pode detectar se uma criança é violentada?


As mudanças repentinas de comportamento das crianças são um dos maiores indicadores de que algo não está bem. A violência pode levar a criança ao desespero, á tentativa de suicidio, á fuga de casa, á violencia para com as outras pessoas. Doenças como a bolimia e a anoréxia, ou até intoxicações alimentares podem ser sinónimo de que as crianças têm falta de atenção, carinho, auto-estima. As doenças psicológicas levam a doenças fisicas. Nas escolas quando as crianças são problemáticas, muito mexidas, os professores tendem a dizer que estes são hiperactivos, no entanto isso pode significar alguma anomalia mais profunda no foro psicológico da criança, também os desmaios, vulgarmente ignorados, a ansiedade, e a sonolência são sinónimos de que algo não está bem com a criança.


Quais são as justificações dadas pelos agressores?


Os agressores negam sempre o seu papel nos casos de violência, mas quando confrontados com provas irrefutáveis, culpam as crianças ou carências económicas.


Quais as consequências para os agressores?


Quando provado os agressores são punidos com cadeia, retirada do poder paternal e coimas. No entanto na maior parte dos casos os agressores não são descobertos.


Uma criança violentada tem tendência a ser agressiva com outras crianças?


Sim, e não só com crianças. Como se diz, violência gera violência, embora com diferentes consequências em diferentes crianças, a violência no seio familiar, principalmente quando é contra a própria criança, leva esta a adoptar o mesmo comportamento, umas vezes por revolta, outras para mostar-se superioridade, ou até mesmo por acharem que é o comportamento certo. Não é só a agressividade a consequência comportamental nas crianças, quando impostas a regras estas crianças detestam, como por exemplo, quando vão para uma casa de apoio social, quando saiem aos 16 anos engravidam e não saiem da miséria. Tal como a violência, pobreza gera pobreza.


Qual o papel da sociedade nos comportamentos das pessoas envolvidas?


Existe maus tratos em todos os estratos sociais, mas cada camada tem a sua forma de agressão. As classes mais altas dão telemóveis para substituir a ausência dos pais, é uma violência psicológica, que marca tanto como a violência física que se denota na classe baixa. Os telemóveis da classe alta são os estalos da classe baixa. Dinheiro a maisé igual a negligência infanti, o estado não devia dar dinheiro mas sim condições para criar as crianças.


O que me pode dizer sobre a frase “ as crianças são o reflexo da sociedade moderna”?


Também, a evolução é favorável, mas é preciso saber dosear o tempo, as tecnologias, a conversa. É mais fácil dar o magalhães do que ler uma história.


De que forma a industrialização afectou as relações entre pais e filhos?


As tecnologias apelam ao que é mau. Com a entrada da mulher no mercado de trabalho, estas deixaram de ter dezenas de filhos e de centrar as suas atenções na familia. O trabalho aumentou, diminuiu os filhos, e aumentaram os divórcios. Não que o problema seja a entrada da mulher no mercado de trabalho, o problema foi a inadaptação da familia á falta de tempo da mulher. Hoje em dia ainda há muitos homens que não ajudam nos trabalhos domésticos, assim, a mulher acumula o trabalho for a de casa com o doméstico, tirando tempo e atenção aos filhos.


Qual é a influencia dos media no comportamento inafntil e como reage o agreagado familiar a isso?


Os media interferem negativamente na educação, eles banalizam a sexualidade, a droga, a violência, já não se procura afecto. A familia critica as novelas como os Morangos com açúcar, no entanto, é mais facil deixar as crianças em frente á televisão do que brincar com elas.


Concorda com o titulo do nosso trabalho?


Sim. Este mundo é para o consumismo e para o egocentrismo. Os adultos só pensam em si, não querem saber da interacção com as crianças. A cultura tem de se voltar para os afectos. Esquecemos que já fomos crianças. Uma boa infância dá adolescentes e adultos saudáveis, tanto psicológica como emocionalmente. A infância são os alicerces da vida.
A entrevista terminou, mas a psicóloga deixou-nos dois concelhos para melhorar o nosso trabalho, um é pesquisarmos sobre um psicólogo conhecido, de seu nome “Bandura”que tem uma tese sobre a aprendizagem por modulos, e por últimoque vissemos o filme “O verão azul”.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

"Este Mundo Não É Para Crianças"


Chacina na Candelária


CANDELÁRIA, 10 ANOS DEPOIS



De um total de 72, oito morreram. Os tiros foram disparados por policias militares - na sua maioria - e civis que pertenciam a grupos de extermínio. As vítimas dormiam e, por isso, não tinham como reagir. O motivo certo não se sabe, mas existem sérias indicações de acerto de contas ou de eliminação pura e simples. A data era 23 de julho de 1993. Foi nessas condições que aconteceu a chamada Chacina da Candelária, crime que chocou a opinião pública nacional e internacional, não só pelo fato de ter sido cometido contra crianças e adolescentes - algo que por si só assusta e deflagra a ação de defensores dos direitos humanos -, mas pela crueldade e frieza dos assassinos, que atiraram enquanto as vítimas dormiam, nas proximidades da Igreja da Candelária, no centro do Rio de Janeiro.




"Queimaram tudo, lojas, carros e bancos"

Grécia. A morte de um adolescente de 15 anos às mãos de um agente da polícia grega desencadeou uma onda de violência anarquista, que só encontra um paralelo em 1985 e está a causar um forte embaraço ao Governo conservador de Caramanlis e às próprias forças de segurança deste país
"Aqui, em Atenas, costuma haver confusão com a polícia, mas nos últimos anos nunca a esta escala. Queimaram tudo na baixa da cidade, lojas, carros e bancos. Enquanto falamos isto continua, não só em Atenas, mas noutras cidades do país." É este o retrato que a jornalista da televisão grega Maria Giah-naki fez ontem à noite ao DN, por telefone, sobre a onda de violência anarquista que está a assolar a Grécia, depois de um polícia ter morto a tiro um adolescente no sábado à noite. Há duas décadas um caso semelhante levou a meses de confrontos diários entre a polícia e anarquistas, até mesmo a ataques do grupo terrorista 17 de Novembro.O principal campo de batalha foi ontem a capital grega, principalmente a Avenida Alexandras (onde fica a direcção-geral de polícia) e o bairro de Exarchia (onde Andreas Grigoropoulos, de 15 anos, foi morto). Foi nesta zona boémia da cidade que começaram, em 1973, os grandes protestos estudantis que conduziram à queda da ditadura dos coronéis. Hoje continua a ser um bairro altamente politizado e um feudo anarquista. As manifestações de ontem juntaram nesta zona cinco mil pessoas, segundo números divulgados pela AFP. Três polícias e seis manifestantes ficaram feridos e há registo de pelo menos duas dezenas de detenções. Na segunda maior cidade da Grécia, Salónica, também houve protestos e incêndios - nem o carro de exteriores de uma televisão escapou. Em Patras, no sudoeste, um polícia foi hospitalizado após ter sido espancado por alguns manifestantes. Estes pensam continuar os protestos durante o dia de hoje. "A polícia está a usar gás lacrimogéneo e a tentar travar a violência, mas sem sucesso, porque estão a ter algum cuidado com o uso da força para que a população não fique contra eles", sublinhou aquela jornalista grega.Andreas Grigoropoulos, filho de uma família rica da Grécia, estava em Exarchia com alguns amigos quando passou um carro de polícia, o qual começaram a apedrejar. Um dos dois agentes que estavam na viatura disparou e acertou-lhe. Quando percebeu que o jovem estava morto, pôs-se em fuga. Foi depois detido por homicídio voluntário. O colega, por cumplicidade. O primeiro--ministro grego escreveu, numa carta enviada à família de Andreas, que não haverá indulgência para com os responsáveis da sua morte. Costa Caramanlis, conservador, está visivelmente embaraçado com a situação, mas, mesmo assim resiste, tendo recusado, para já, a demissão do ministro do Interior.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

"Este Mundo Não É Para Crainças"


"Este Mundo Não É Para Crianças"


Pensamento do Dia:
As crianças vêm a pureza do mundo. Não deixe a sua mentalidade chegar á idade adulta e será feliz para sempre.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

"Este Mundo Não É Para Crianças"

A 20 de Novembro assinala-se o aniversário do dia em que a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou a Declaração sobre os Direitos da Criança, em 1959, e a Convenção sobre os Direitos das Crianças, em 1989.
Esta Declaração estabelece que todas as crianças devem ter protecção e cuidados especiais antes e depois do nascimento.
A Declaração dos Direitos da Criança lembra-nos que a criança tem uma infância e deve gozar os direitos e liberdades que lhe são consagrados.
Apela para que reconheçam esses direitos e lutem pela sua aplicação em medidas legislativas e de outra natureza, em conformidade com os seguintes princípios:
Desde o nascimento, todas as crianças têm direito a nome e a uma nacionalidade;
Direito a brincar e divertir-se.
Direito de crescer com saúde;
Todos os adultos e crianças devem conhecer esta convenção.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

"Este Mundo Não É Para Crianças"

Direitos da criança
ARTIGO 2ºTens todos esses direitos seja qual for a tua raça, sexo, língua ou religião. Não importa o país onde nasceste, se tens alguma deficiência, se és rico ou pobre.

ARTIGO 3ºQuando um adulto tem qualquer laço familiar ou responsabilidade sobre uma criança, deverá fazer o que for melhor para ela.

ARTIGO 6ºToda a gente deve reconhecer que tens direito à vida.

ARTIGO 7ºTens direito a um nome e a ser registado, quer dizer, o teu nome, o dos teus pais e a data em que nasceste devem ser registados. Tens direito a uma nacionalidade e o direito de conheceres e seres educado pelos teus pais.
ARTIGO 8ºDeves manter a tua identidade própria, ou seja, não te podem mudar o nome, a nacionalidade e as tuas relações com a família e menos que seja melhor para ti. Mesmo assim, deves poder manter as tuas próprias ideias.

ARTIGO 9ºNão deves ser separado dos teus pais, excepto se for para teu próprio bem, como por exemplo, no caso dos teus pais te maltratarem ou não cuidarem de ti. Se decidirem separar-se, tens de ficar a viver com um deles, mas tens o direito de contactar facilmente com os dois.

ARTIGO 10ºSe os teus pais viverem em países diferentes, tens direito a regressar e viver junto deles.

ARTIGO 11ºNão deves ser raptado mas, se tal acontecer, o governo deve fazer tudo o que for possível para te libertar.

ARTIGO 12ºQuando os adultos tomam qualquer decisão que possa afectar a tua vida, tens o direito a dar a tua opinião e os adultos devem ouvir seriamente o que tens a dizer.

ARTIGO 13ºTens direito a descobrir coisas e dizer o que pensas através da fala, da escrita, da expressão artística, etc., excepto se, quando o fizeres, estiveres a interferir com o direito dos outros.

ARTIGO 14ºTens direito à liberdade de pensamento e a praticar a religião que quiseres. Os teus pais devem ajudar-te a compreender o que está certo e o que está errado.

ARTIGO 15ºTens direito a reunir-te com outras pessoas e a criar grupos e associações, desde que não violes os direitos dos outros.

ARTIGO 16ºTens direito à privacidade. Podes ter coisas como, por exemplo, um diário que mais ninguém tem licença para o ler.

ARTIGO 17ºTens direito a ser informado sobre o que se passa no mundo através da rádio, dos jornais, da televisão, dos livros, etc. Os adultos devem ter a preocupação de que compreendes a informação que recebes.

ARTIGO 18ºOs teus pais devem educar-te, procurando fazer o que é melhor para ti.

ARTIGO 19ºNinguém deve exercer sobre ti qualquer espécie de maus tratos. Os adultos devem proteger-te contra abusos, violência e negligência. Mesmo os teus pais não têm o direito de te maltratar.

ARTIGO 20ºSe não tiveres pais, ou se não for seguro que vivas com eles, tens direito a protecção e ajuda especiais.

ARTIGO 21ºCaso tenhas de ser adoptado, os adultos devem procurar ter o máximo de garantias de que tudo é feito da melhor maneira para ti.

ARTIGO 22ºSe fores refugiado (se tiveres de abandonar os teus pais por razões de segurança), tens direito a protecção e ajuda especiais.

ARTIGO 23ºNo caso de seres deficiente, tens direito a cuidados e educação especiais, que te ajudem a crescer do mesmo modo que as outras crianças.

ARTIGO 24ºTens direito à saúde. Quer dizer que, se estiveres doente, deves ter acesso a cuidados médicos e medicamentos. Os adultos devem fazer tudo para evitar que as crianças adoeçam, dando-lhes uma alimentação conveniente e cuidando bem delas.

ARTIGO 27ºTens direito a um nível de vida digno. Quer dizer que os teus pais devem procurar que não te falte comida, roupa, casa, etc. Se os pais não tiverem meios suficientes para estas despesas, o governo deve ajudar.

ARTIGO 28ºTens direito à educação. O ensino básico deve ser gratuito e não deves deixar de ir à escola. Também deves ter possibilidade de frequentar o ensino secundário.

ARTIGO 29ºA educação tem como objectivo desenvolver a tua personalidade, talentos e aptidões mentais e físicas. A educação deve, também, preparar-te para seres um cidadão informado, autónomo, responsável, tolerante e respeitador dos direitos dos outros.

ARTIGO 30ºSe pertenceres a uma minoria, tens o direito de viver de acordo com a tua cultura, praticar a tua religião e falar a tua própria língua.

ARTIGO 31ºTens direito a brincar.

ARTIGO 32ºTens direito a protecção contra a exploração económica, ou seja, não deves trabalhar em condições ou locais que ponham em risco a tua saúde ou a tua educação. A lei portuguesa diz que nenhuma criança com menos de 16 anos deve estar empregada.

ARTIGO 33ºTens direito a ser protegido contra o consumo e tráfico de droga.

ARTIGO 34ºTens o direito a ser protegido contra abusos sexuais. Quer dizer que ninguém pode fazer nada contra o teu corpo como, por exemplo, tocar em ti, fotografar-te contra a tua vontade ou obrigar-te a dizer ou a fazer coisas que não queres.

ARTIGO 35ºNinguém te pode raptar ou vender.

ARTIGO 37ºNão deverás ser preso, excepto como medida de último recurso e, nesse caso, tens direito a cuidados próprios para a tua idade e visitas regulares da tua família.

ARTIGO 38ºTens direito a protecção em situação de guerra.

ARTIGO 39ºUma criança vítima de maus tratos ou negligência, numa guerra ou em qualquer outra circunstância, tem direito a protecção e cuidados especiais.

ARTIGO 40ºSe fores acusado de ter cometido algum crime, tens direito a defender-te. No tribunal, a polícia, os advogados e os juizes devem tratar-te com respeito e procurar que compreendas o que se está a passar contigo.

ARTIGO 42ºTodos os adultos e crianças devem conhecer esta Convenção. Tens direito a compreender os teus direitos e os adultos também.